Crê-se que terá sido a falta de água a motivar a deslocação das populações para esta localidade, pois aqui, entre juncos, abundavam nascentes. Daí, também, a denominação de Juncal e de uma das mais importantes actividades artesanais que caracterizou a freguesia, o fabrico de cestas de junco e teares manuais bastante simples.
Em 1560 é fundada a freguesia do Juncal, tendo-se separado da Colegiada de S. Pedro e Santa Maria de Porto de Mós. Em 1758 já tinha 485 moradores e a sua principal actividade económica era a agricultura, nomeadamente o cultivo da oliveira, do trigo e da vinha existindo, assim, vários lagares e moinhos de azeite.
Situando-se o Juncal numa região de bons solos de barro, foi escolhido, em 1770, por José Rodrigues da Silva e Sousa para aqui fundar uma cerâmica que viria a ser conhecida como Fábrica do Juncal. Ao longo das últimas décadas do século XVIII, a actividade cerâmica ganhou importância económica, ao lado dos curtumes e da agricultura, que continuava a ocupar grande parte da mão-de-obra.
No século XIX, na primeira a Invasão Francesa, a freguesia perdia 664 dos seus 1576 moradores e a Fábrica de José Rodrigues da Silva sofreu grande destruição, tendo reiniciado a sua actividade em 1811. A actividade agrícola continuava a ocupar grande parte da população, mas no que respeita ao trabalho do barro, o Juncal possuía 3 das 7 olarias do concelho. Após o encerramento da Fábrica, em 1876, fornos de telha e olarias foram surgindo. Em 1927 foi fundada a cerâmica de construção civil de J. Coelho da Silva e em 1947 a Olajul, de cerâmica utilitária e decorativa. Neste ramo, muitas outras empresas têm surgido, no fabrico de faiança utilitária e decorativa: a decoração de azulejo, a produção de louça de mesa…
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